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VALÉRIA MATOS ESCOBAR
Nasceu em Januária, Minas Gerais, Brasil.
Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros/MG (2000). Pós-graduada pela UNIMONTES campus Januária-MG em Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Processo Educativo em 2001. Professora do Centro de Educação Integrada do Vale do São Francisco CEIVA em Januária-MG entre 2005 à novembro de 2007, ministrando as disciplinas de Fundamentos e Metodologia da Matemática, Currículos e Programas, Princípios e Métodos de Supervisão Escolar e orientação de Monografias, ministrando até dezembro de 2007 aulas de Estágio Supervisionado II no curso de Normal Superior, na mesma instituição, atuando como supervisora pedagógica da Escola Estadual Pio "XII". (Biografia: ESCAVADOR)
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ESCOBAR, Valéria Matos. Segunda pele. Belo Horizonte, MG: Munap & Arquimedes, 2017. 64 p. 15 x 21 cm. (Coleção Museu Nacional da Poesia, vol. 11). Editora: Regina Mello.
Ex. bibl. Antonio Miranda, exemplar enviado por Regina Mello.
LUZ
Vou acender a luz.
O escuro já incomoda.
Penso que precisei do vazio soturno para gritar pela luz.
Sinto saudade gostosa e tresloucada da cores tatuadas na vida.
Trancada, recusei com tola teimosia e perversa negação,
contemplar.
Cresci, atravessei a porta,
abri os olhos da alma e a luz aguerrida entorpeceu-me,
assustou-me.
Que espanto!
Encantou-me de tal forma e tanto
que enfrentei o medo do belo
rendi-me às delicias,
Ao luxo de saborear a vida.
Despojada orgia de cores,
nuances, esplendor.
ENXURRADA
A casa não suportou a enxurrada
Desprendeu-se do chão
Desfaleceu,
Levou consigo
Lembranças, histórias, vidas
Dos escombros,
Memórias póstumas.
ENCONTRO
Não sei de mim.
Não sei se isto sé bom ou ruim.
Talvez a inquietude da dúvida seja saudável,
mas também descortina outras questões:
O não Saber, o não Ser, o não Estar
Não Estar é caminar por um vale sombrio.
O vento cortante e seco leva para longe o sorriso.
Fico perdida em meio a incertezas.
Vou me encontrar…
E que abraço!
Que calor!
Que alegría sentirei no encontró.
Não vai demorar.
RIMA PERDIDA
Perdi minha rima
Em alguma esquina
Como resgatá-la
Se deixei de amá-la?
Se acaso ainda a quisesse tanto assim!
Não me distrairia
E ela,
a rima,
não sumiria.
*
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Página publicada em fevereiro de 2021
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